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domingo, 26 de fevereiro de 2012

Jovens matemáticos talentosos

Joaquim Gomes de Souza foi o primeiro matemático brasileiro a ter reconhecimento internacional, por conta de seu trabalho de pesquisa. Souzinha, como era conhecido por seus colegas, graduou-se e concluiu o doutorado em ciências matemáticas aos dezenove anos de idade, em 1847. Em 1855 apresentou um trabalho à Academia de Ciências de Paris e teve esta contribuição divulgada pelo físico inglês George Stokes, na Sociedade Real de Londres, no ano seguinte.

Para os padrões brasileiros da época este foi um feito incrível. Se fosse uma história de ficção, estaria evidentemente exagerada. Afinal, as teses de doutorado em matemática no Brasil do século 19 não passavam de meros textos expositivos sobre conteúdos que poderiam ser facilmente encontrados em livros disponíveis em nossas insípidas bibliotecas. Neste sentido, Souzinha talvez tenha sido o mais brilhante matemático que nosso país já produziu, levando em conta suas contribuições em contraste com as condições do ambiente da época.

Este feito só foi repetido mais de um século depois em nosso país. Carlos Matheus Silva Santos se sentia entediado na escola, pois não encontrava desafios. Na oitava série já estava pensando em abandonar os estudos, quando os pais tomaram uma atitude. Eles apresentaram o rapaz para Valdenberg Araújo da Silva, então chefe do Departamento de Matemática da Universidade Federal do Sergipe, que ficou pasmado com o talento matemático de Carlos Matheus. Aos quatorze anos o jovem prodígio se mudou para o Rio de Janeiro, onde começou a estudar no Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), o mais importante centro de pesquisas e estudos em matemática do país. Aos dezenove anos concluiu o doutorado em matemática na mesma instituição. Ainda assim foi obrigado a realizar estudos posteriores de graduação em matemática na Universidade Federal do Rio de Janeiro, para ter seu diploma de doutor validado pelo MEC.

Ou seja, a visão de que não há talentos de destaque no Brasil é institucionalizada através das rígidas regras que consideram a educação como algo que deve ser galgado em degraus. Enquanto países como os Estados Unidos não só reconhecem seus jovens intelectualmente precoces como merecedores de apoio, mas também criam condições facilitadoras, o Brasil simplesmente fecha os olhos para seus próprios talentos. A máquina burocrática se impõe sobre o indivíduo, exatamente como aparece no filme Brazil (Brasil, o Filme), de Terry Gilliam. Nosso país vive a realidade da opressão de um Estado que ainda tem a cara-de-pau de se considerar democrático.

Em muitos casos, as contribuições científicas mais importantes da história foram feitas por jovens entre seus dezessete e vinte e poucos anos. Especialmente em matemática, a capacidade de processar muitas informações e resolver complexos problemas é algo que se mostra de forma muito mais evidente na juventude. Mas nosso rígido, burocrático e perverso sistema educacional e social impõe limites que fazem com que, na melhor das hipóteses, o indivíduo obtenha o doutorado quase na casa dos trinta anos de idade, o que representa evidente atraso ao próprio país. Segundo Reinaldo Guimarães e colaboradores, a maioria dos doutores até 2000 no Brasil obtiveram o título quando tinham idade entre 30 e 39 anos.

Logo depois Carlos Matheus fez pós-doutorado no College de France, sob supervisão de Jean-Christophe Yoccoz, um dos nomes mais importantes da matemática mundial e ganhador da Medalha Fields em 1994.



segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Benefícios na prática do judô

Benefícios na prática do judô
- Desenvolve o corpo;
- Desenvolve a agilidade, equilíbrio, velocidade, coordenação e a flexibilidade;
- Desenvolve a disciplina;
- Desenvolve a capacidade de analisar a realidade que o cerca;
- Desenvolve os valores como honestidade, humildade, solidariedade e respeito;
- Fortalece a parte espiritual.
Riscos
Se praticado regularmente e na presença de um professor devidamente qualificado, o judô oferece poucos riscos. Porém podem ocorrer lesões como: luxações, entorses ou estiramento muscular.
Quem pode praticar
Para quem quiser ser um judoca profissional, o ideal é começar cedo. Já para quem quer melhorar o condicionamento físico, o judô pode começar a ser praticado em qualquer idade e de preferência após uma avaliação médica.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Aos meus queridos alunos do 3 Ano-B

Dedico esta postagem aos meus queridos alunos do 3 ano b, que me ensinam a ser mais alegre e a dar mais valor ao meu ofício de professora! Agradeço a todos pelo carinho e respeito que tem comigo! Peço a Deus que dê a vocês, meus queridos, muita proteção, felicidade e saúde! 

sábado, 11 de fevereiro de 2012

A fórmula é de Bhaskara?

O costume de dar o nome de Bhaskara para a formula de resolução da equação do segundo grau é aparentemente brasileiro (não se encontra o nome Bhaskara para essa fórmula na literatura internacional).


Porém, problemas envolvendo equações do segundo grau já apareciam, há quase quatro mil anos, em textos escritos pelos babilônios. Esses textos possuiam uma receita (escrita em prosa, sem uso de símbolos), que ensinava como proceder para determinar as raízes.

Além disso, até o fim do século 16, não se usava uma fórmula para obter as raízes de uma equação do segundo grau, simplesmente porque não se representavam por letras os coeficientes de uma equação. Isso começou a ser feito a partir de François Viete, matemático francês que viveu de 1540 a 1603.

Logo, embora não se deva negar a importância e a riqueza da obra de Bhaskara, não é correto atribuir a ele a conhecida formula de resolução da equação do segundo grau.